De forma sucinta, a Caixa passará a incorporar os custos cartorários de registro e o imposto de transmissão ITBI dentro do financiamento imobiliário, além de instituir o Registro Eletrônico do Contrato.
O grifo no registro eletrônico não é por acaso, a Caixa detém um market share aproximado de 70% dos financiamentos habitacionais no país, então qualquer mudança ou sinalização dela altera os rumos do mercado e cria tendência a ser seguida pelos demais players.
A incorporação das custas de cartório e ITBI no financiamento já vinha sendo praticado pelos bancos privados e entendemos que a Caixa apenas readequou seu produto.
Agora, o registro eletrônico do contrato é realmente uma decisão ousada e de vanguarda do banco. A Caixa sempre se notabilizou por sair na frente das demais instituições no que diz respeito às novidades e tendências, assim o foi na adoção da Alienação Fiduciária.
O registro do contrato sempre foi uma “via crucis” dos clientes junto aos cartórios, uma etapa necessária, porém burocrática e trabalhosa, que, não raro, causava atrasos na conclusão do negócio e no recebimento do crédito pelo vendedor.
O registro eletrônico de contrato, na esteira de outras inovações em curso no mercado como a Escritura de Compra e Venda digital, vem colocar esta importante etapa na aquisição do seu imóvel de volta ao século 21, podemos sair da “era da pedra” agora.
A Caixa informou que esta medida acelerará o processo de conclusão de 45 dias para 5 dias, e que hoje 1356 cartórios de 14 estados do Brasil fazem parte desta plataforma digital.
Esperamos que em breve a Caixa lidere esta tendência e quem sabe, num futuro não tão distante, todas as instituições e todas as operações de crédito imobiliário no país sejam feitas de forma totalmente digital.
Os clientes e o mercado certamente agradecerão que mais uma etapa trabalhosa e burocrática no Brasil integre enfim o século 21.